Silêncio de Chão


"O poeta promana desses marulhos. Nossa infância, explicou mestre Gilberto Freyre, ainda vai dar canga-pés nos ribeiros por muitos séculos. Nossos centros urbanos ainda não proíbem rios de correr e de ter peixes. E nem irão proibir que relvas cresçam nas encostas dos morros. Ou que as relvas cubram os lábios do chão. Água e chão amorosamente entram-se. O poeta se escura em natureza. E será um escravo da terra, fisiologicamente. Sendo essa uma escravidão redentora.”
(BARROS, 1996, p.319)



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ESPAÇO: descomeçar; ENTER: o fim de um lugar; R: avançar para o começo.


Felippe Brandão